quarta-feira, 25 de maio de 2016

Uma Xícara De Café


Um grupo de profissionais, todos vencedores em suas respectivas carreiras, reuniu-se para visitar seu antigo professor.

Logo a conversa parou nas queixas intermináveis sobre “stress” no trabalho, e na vida em geral. O professor ofereceu café. Foi para a cozinha e voltou com um grande bule e uma variedade das melhores xícaras: de porcelana, plástico, vidro, cristal…

Algumas simples e baratas, outras decoradas, outras caras, outras muito exóticas…

Ele disse:

– Pessoal, escolham suas xícaras e sirvam-se de um pouco de café fresco

Quando todos o fizeram, o velho mestre limpou a garganta, calma e pacientemente conversou com o grupo:

– Como puderam notar, imediatamente as mais belas xícaras foram escolhidas, e as mais simples e baratas ficaram por último. Isso é natural, porque todo mundo prefere o melhor para si mesmo. Mas essa é a causa de muitos problemas relacionados com o que vocês chamam “stress”.

 Ele continuou:

– Eu asseguro que nenhuma dessas xícaras acrescentou qualidade ao café. Na verdade, o recipiente apenas disfarça ou mostra a bebida.

O que vocês queriam era café, não as xícaras, mas instintivamente quiseram pegar as melhores.

Eles começaram a olhar para as xícaras, uns dos outros.

 Agora pensem nisso:

A vida é o café. Trabalho, dinheiro, status, popularidade, beleza, relacionamentos, entre outros, são apenas recipientes que dão forma e suporte à vida. O tipo de xícara que temos não pode definir nem alterar a qualidade da vida que recebemos. Muitas vezes nos concentramos apenas em escolher a melhor xícara, esquecendo de apreciar o café!

As pessoas mais felizes não são as que têm o melhor, mas as que fazem o melhor com tudo o que têm!

Então se lembrem:

Vivam simplesmente. Sejam generosos. Sejam solidários e atenciosos. Falem com bondade.
O resto deixem acontecer, porque a pessoa mais rica não é a que mais tem, mas a que menos precisa.

Agora desfrutem o seu café!






quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Sobre o modelo conceitual da Terapia do Esquema


 
 
O enfoque dessa proposta mescla elementos das escolas cognitivo-comportamental, de apego, da Gestalt, de relações objetais, construtivista e psicanalítica em um modelo conceitual e de tratamento rico e unificador. Muitas vezes, pacientes com transtornos de personalidade e problemas caracterológicos não respondem totalmente a tratamentos cognitivo-comportamentais tradicionais (Beck, Freeman et al., 1990). Geralmente, esses tratamentos são de curto prazo (em tomo de 20 sessões) e concentram-se na redução dos sintomas, na formação de habilidades e na solução de problemas atuais na vida do paciente. Como geralmente carecem de flexibilidade psicológica, os pacientes caracterológicos têm muito menos capacidade de resposta a técnicas cognitivo-comportamentais e com frequência não passam por mudanças significativas a curto prazo. Em lugar disso, são psicologicamente rígidos, o que configura uma marca dos transtornos de personalidade. Estes pacientes tendem a expressar desesperança com relação a mudança. Seus problemas estão em sintonia com o ego, e estão tão integrados a quem são, que não podem imaginar alterá-los. A terapia do esquema surge então como uma abordagem sistemática que amplia a terapia cognitivo-comportamental, integrando técnicas derivadas de várias escolas diferentes de terapia. Com relação ao conceito de esquema, podemos dizer, em termos gerais, que esquema seria qualquer princípio que um indivíduo use para organizar e entender sua própria experiência de vida. Estes princípios vão se constituindo ao longo da vida, podendo ser adaptativo ou desadaptativo. Para Young, o esquema desadaptativo geralmente é um tema ou padrão amplo, difuso, formado por memórias, emoções e sensações corporais. Está relacionado a si próprio ou aos relacionamentos com outras pessoas. Foi desenvolvido na infância ou adolescência e é elaborado ao longo da vida do indivíduo e é significativamente disfuncional em sua vida. Young teoriza que os comportamentos desadaptivos desenvolvem- se como respostas a um esquema. Estes esquemas frequentemente estão relacionados a experiências traumáticas durante a infância, e são ativados posteriormente quando adultos, por eventos que percebem como semelhantes a estas experiências aversivas da sua infância. Quando ativados experimentam formas de emoções negativas, como aflição, vergonha, medo, raiva. Mas é importante lembrar que nem todos os esquemas são fundamentados em traumas ou maus tratos na infância, contudo, todos são destrutivos e a maioria são causadas por experiências nocivas repetidas, que acumuladas podem levar ao surgimento de um esquema pleno.
Os esquemas desadaptativos remotos são persistentes, lutam para sobreviver. Pode ser resultado da necessidade de coerência que os seres humanos têm. O esquema é o que o indivíduo conhece, embora cause sofrimento a ele, é confortável e familiar, e pode causar a sensação de estar bem, julga normal estar insatisfeito. Estes esquemas assim como as crenças centrais o paciente o consideram verdade a priori, de modo que influenciam o processamento de experiências posteriores, influindo na forma como os pacientes pensam, agem, sentem e se relacionam com os outros. Os esquemas são dimensionais: tem diferentes níveis de gravidade e penetração. Assim, quanto mais grave o esquema, maior é o número de situações que podem ativá-lo. A teoria dos esquemas propõe que, fundamentalmente estes esquemas resultam de necessidades emocionais não satisfeitas na infância, citarei cinco necessidades emocionais fundamentais para os seres humanos, são elas: vínculos seguros com outros indivíduos (que inclui segurança, estabilidade, cuidado e aceitação); autonomia, competência e sentimentos de identidade; liberdade de expressão, necessidades e emoções válidas; espontaneidade e lazer; limites realistas e autocontrole. O objetivo da terapia do esquema e ajudar os pacientes a encontrar formas adaptativas de satisfazer suas necessidades emocionais fundamentais. Observamos quatro tipos de experiências no início da vida que estimulam a aquisição de esquemas. A primeira é a frustração nociva de necessidades, que ocorre quando a criança tem poucas experiências boas e adquire esquemas como privação emocional. O segundo tipo é a traumatização ou vitimização, causando neste caso um dano a criança, onde ela desenvolve esquemas como desconfiança/abuso, defectividade/vergonha ou vulnerabilidade ao dano. Um terceiro tipo é quando a criança é superprotegida, ou passa excessivamente por experiências boas, não criando limites pois não passa por muitas frustrações. Neste caso pode gerar esquemas de dependência/incompetência ou arrogo/grandiosidade. O quarto tipo seria a internalização ou identificação seletiva com pessoas importantes, como por exemplo quando a criança se identifica com o pai abusivo e passa a se comportar agressivamente como ele.
Os 18 esquemas estão agrupados em cinco categorias amplas de necessidades emocionais não-satisfeitas a que chamamos “domínios de esquemas”.          O primeiro domínio seria o da Desconexão e Rejeição. Pacientes com esquemas neste domínio são incapazes de formar vínculos seguros e satisfatórios com outras pessoas. Acreditam que suas necessidades de estabilidade, segurança, cuidado, amor e pertencimento não serão atendidas. São cinco os esquemas neste domínio, os esquemas de Abandono/instabilidade, Desconfiança/abuso, Privação emocional, Defectividade/vergonha, Isolamento/alienação.
O segundo domínio é o da Autonomia e Desempenho Prejudicados. Os pacientes com esquemas nesse domínio têm expectativas sobre si próprios e sobre o mundo que interferem em sua capacidade de se diferenciar das figuras paternas ou maternas e funcionar de forma independente. Os esquemas neste domínio são: Dependencia/Incompetência, Vulnerabilidade ao dano ou a doença, Emaranhamento/self subdesenvolvido, Fracasso.
Outro domínio seria limites prejudicados, onde se leva a dificuldades de respeitar os direitos alheios, cooperação, estabelecer compromissos ou definir ou cumprir objetivos pessoais realistas. Tendo seus limites prejudicados favorecem esquemas de Arrogo/Grandiosidade, como a crença de que se é superior aos outros, e esquemas de Autocontrole/autodisciplina insuficientes, tendo este tipo de pessoa baixa tolerância a frustração.
O domínio do Direcionamento para o Outro envolve a supressão e a falta de consciência com relação a própria raiva e as próprias inclinações naturais. Se caracteriza então pelo foco excessivo nos desejos, sentimentos e solicitações dos outros, à custa das próprias necessidades, para obter aprovação, manter o senso de conexão e evitar retaliação. Abarca os esquemas de Subjugação, Auto sacrifício e Busca pela Aprovação.
 
No domínio da Supervigilância e inibição ocorre a Ênfase excessiva na supressão dos próprios sentimentos, impulsos e escolhas espontâneas, ou no cumprimento de regras e expectativas internalizadas e rígidas sobre desempenho e comportamento ético, à custa da felicidade, auto-expressão, descuido com os relacionamentos íntimos ou com a saúde.).
 
Bibliografia
Jeffrey E. Young; Janet S. Klosko; Marjorie E. Weishaar. Terapia do Esquema: Guia de Técnicas Cognitivo-Comportamentais Inovadoras. 1ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
 
Beck, Judith S. Terapia Cognitivo-Comportamental. 2nd Edition. ArtMed, 2013.
 
 
 
 

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Lista de Filmes: Transtornos de Personalidade

Lista de Filmes: Transtornos de Personalidade

Transtornos de Personalidade Antissocial, 
Psicopatia e Serial Killers:


Onde os Fracos Não Têm Vez
Ethan Coen, Joel Coen
2007


Sangue Negro
Paul Thomas Anderson
2007



Hallowwen
Rob Zombie
2007



O Iluminado
Stanley Kubrick
1980



Dragão Vermelho
Brett Ratner
2002



Hannibal
Ridley Scott
2001



O Silêncio dos Inocentes
Jonathan Demme
1991



Assassinos por Natureza
Oliver Stone
1994



Laranja Mecânica
Stanley Kubrick
1971



Psicose
Alfred Hitchcoks
1960

Crimes em Wonderland
James Cox
2003



Delinquentes
Thomas Clay
2009



Instinto Selvagem
Paul Verhoeven
1992



A Morte Pede Carona
Robert Harmon
1986



Bonnie & Clyde
Arthur Penn
1967


A Fita Branca
Michael Haneke
2009



O Colecionador de Ossos
Phillip Noyce
1999



Cabo do Medo
Martin Scorsese
1991



Kalifornia
Dominic Sena
1993



Helter Skelter
John Gray
2004





Elefante
Gus Vant
2003



Tortura do Medo
Michael Powell
1960



Seven
David Fincher
1995



Sexta Feira 13
Sean S. Cunningham
1980



Perfume - A História de um Assassino
Tom Tykwer
2006



Zodíaco
David Fincher
2007



O Massacre da Serra Elétrica
Jonathan Liebesman
2006


A Cela
Tarsem Singh
2000



Na Linha de Fogo
Wolfgang Petersen
1993



Louca Obsessão
Rob Reiner
1990



Henry - Retrato de um Assassino
Jonh MacNaughton
1986



Ted Bundy
Matthew Bright
2002



O Talentoso Ripley
Anthony Minghella
1999



O Gabinete do Dr. Caligari
Robert Wiene
1920



Wall Street
Oliver Stone
1987


Vestida Para Matar
Brian De Palma
1980



Os Bons Companheiros
Martin Scorsese
1990




Mr. Brooks- Instinto Secreto
Bruce A. Evans
2007



Monster-Desejo Assassino
Patty Jenkins
2004


Garota, Interrompida
James Mangold
1999



Sangue de Pantera
Jacques Tourneur
1942


Cassino
Martin Scorsese
1995



Dahmer
David Jacobson
2002


O Invasor
Beto Brant
2001


Killer, Confissões de um Assassino
Tim Metcalfe
1996


M, O Vampiro de Dusseldorf
Fritz Lang
1931


Olhos de Vampa
Walter Rogerio
1996

Dr. Jekyll & Hyde
Paolo Barzman
2008


Copycat, a Vida Imita a Morte
Jon Amiel
1995



Batman - The Dark Knight
Christopher Nolan
2008


O Canibal de Rotemburgo
Martin Weisz
2006


O Perfil de um Assassino
Rick Ambier
2006


Psicopata Americano
Mary Harron
2000


Caçador de Assassinos - Manhunter
Michael Mann
1986



O Pensionista
Alfred Hitchcock
1927


Karla, Paixão Assassina
Joel Bender
2005


Frenesi
Alfred Hitchcock
1972


Violência Gratuita
Michael Haneke
2008


O Xangô de Baker Street
Miguel Faria Jr
2001


Menina Má.com
David Slade
2005



Transtornos de Personalidade Borderline:





































Transtornos Dissociativos
Múltipla Personalidade:





Psicose
Alfred Hitchcock
1960


Vestida para Matar
Brian de Palma
1980


As Três Faces de Eva
Nunnally Johnson
1957


A Enfermeira Betty
Neil LaBute
2000


Um Dia de Fúria
Joel Schumacher
1993